As Forças Democráticas Sírias, uma aliança liderada pelos curdos que controla grande parte do nordeste do país, começaram na quinta-feira a reabrir várias estradas que bloqueavam há quase três semanas nas cidades de Al Hasakah e de Qamishli.
Em ambas as cidades, cada lado controla uma série de áreas, embora no caso de Qamishli a maior parte do território esteja nas mãos dos curdos sírios e a presença das tropas de Damasco e dos seus aliados esteja reduzida à zona do aeroporto e pouco mais.
Uma fonte militar assegurou que o cerco das Forças Democráticas Sírias impediu a entrada de alimentos, farinha e combustível nas suas zonas desde o início do mês, e explicou que o acordo para o seu levantamento foi alcançado durante uma série de reuniões entre as partes, com a mediação de Moscovo, um reconhecido aliado do regime de Damasco.
Damasco concordou em fornecer 30 toneladas de farinha ao bairro de maioria curda Sheikh Maqsud, na província noroeste de Alepo e objeto de um cerco anterior pelas forças do Governo sírio.
Uma fonte das Forças Democráticas Sírias explicou que os cercos de Al Hasakah e de Qamishli foram uma resposta ao cerco feito pelo Governo ao bairro de Sheikh Maqsud, já que Damasco não permitia a entrada de farinha na cidade e tinha decretado impostos sobre a entrada deste bem alimentar.
O bairro estava sitiado há cerca de um mês e meio devido a uma escalada de tensão na área, após o assassínio de um soldado sírio, mas nas últimas 24 horas a situação voltou ao "normal", segundo relatou um habitante, citado pelas agências internacionais.
Lusa