O Governo da Madeira anunciou hoje vai investir 1,9 milhões de euros num projeto na marginal que liga a vila da Ribeira Brava à freguesia da Tabua, tornando-a num espaço de lazer e fruição para residentes e visitantes.
O projeto foi apresentado pelo presidente do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, que realçou que aquela extensão de frente mar com cerca de quatro quilómetros estava encerrada e é importante num concelho como o da Ribeira Brava (na zona oeste da ilha da Madeira), vocacionado para o turismo.
O governante referiu que a marginal está encerrada “devido a questões de segurança, derrocadas”, desde 2007, e que a possibilidade de ser retomada como acessibilidade rodoviária “implicaria uma obra de mais de 20 milhões”, o que foi considerado “despropositado”.
“Começámos a pensar que concelho da Ribeira Brava, com vocação turística, a população necessita de espaços de lazer, recreio e zonas de fruição de frente mar”, explicou Albuquerque.
No seu entender, era necessário “aproveitar este espaço que liga Ribeira Brava à freguesia da Tabua, pela sua beleza natural, que continua a ter um grande potencial para ribeira-bravenses e visitantes”.
Miguel Albuquerque sublinhou que o projeto contempla “três aspetos fundamentais”, entre eles abrir a Ribeira Brava ao turismo, estando previsto um “grande espaço de usufruto de frente mar” com corredores pedonal e para bicicletas.
Também inclui ao longo de toda a via uma zona de plantação de árvores, espaços de lazer e recreio, enquanto a circulação de viaturas vai acontecer apenas num sentido, “mais por uma questão de segurança”.
“As zonas mais críticas serão objeto de proteção”, referiu.
O presidente do Governo Regional adiantou que o projeto está a ser ultimado e que “a ideia é começar a obra este ano, se tudo correr bem” em termos de tramitações legais”, para que as pessoas possam usufruir do espaço no próximo ano.
O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, considerou que a concretização deste projeto, que inclui a construção de três túneis, é “uma mais-valia” para o concelho, porque permite “reativar a circulação pedonal entre as duas freguesias”.
Reconhecendo o esforço financeiro do executivo insular para efetuar a obra, o autarca acrescentou que o projeto inclui um sistema automático de monitorização para que a marginal seja encerrada em caso de más condições atmosféricas, assegurando que foram desenvolvidos todos os esforços para “mitigar o perigo”.
c/ Lusa