"Estamos satisfeitos e agradeço a celeridade que o Governo da República manifestou ontem (terça-feira), ao final do dia, com a nossa preocupação e decretou, de imediato, a nossa solicitação de requisição civil", disse.
O Vice-presidente falava aos jornalistas no final de um encontro com representantes das instituições bancárias sedeadas na Madeira.
Segundo o governante, com essa requisição civil fica "salvaguardado o transporte de mercadorias para a região", pelo que "não há necessidade, nem há neste momento grandes motivos de alerta".
Pedro Calado ressalvou que vão fazer um acompanhamento da situação porque, além do transporte marítimo, a região é também abastecida através do avião cargueiro e, "se necessidade houver, em último recurso, é também disponibilizada pela Força Aérea a possibilidade de se fazer o transporte de mercadorias e bens essenciais" num avião militar.
O Governo decretou na terça-feira a requisição civil no Porto de Lisboa por considerar que não foram assegurados os serviços mínimos na greve dos estivadores, pondo em risco o abastecimento de Lisboa, Açores e Madeira.
"Perante o incumprimento da obrigação de prestação de serviços mínimos, decidiu o Conselho de Ministros determinar a requisição civil, de forma proporcional e na medida do necessário para assegurar a satisfação de necessidades sociais impreteríveis e o funcionamento de setores vitais da economia nacional, em particular das regiões autónomas dos Açores e da Madeira", indicou o Governo num comunicado.
Segundo o executivo, tanto o SEAL — Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística, que convocou a greve, como os trabalhadores abrangidos não asseguraram os serviços mínimos fixados, pondo em risco o abastecimento de Lisboa e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
O Governo acrescenta que "o caráter excecional da requisição civil fica ainda a dever-se ao atual quadro de contingência decorrente do surto Covid-19, no âmbito do qual se constatou já uma afluência extraordinária de pessoas aos supermercados e farmácias, que motivou uma rutura de ‘stocks’".
C/Lusa