"Esta ação [no STF] foi feita para pedir o controlo da fronteira, recursos para o nosso estado e para fechar a fronteira temporariamente", disse ao portal de notícias brasileiro G1.
"Como podemos deixar entrar mais venezuelanos se não conseguimos ainda organizar os que estão aqui?”, disse a governadora, recordando que apenas 260 venezuelanos foram levados para São Paulo e para o Mato Grosso do Sul.
Urge que a União [Governo central brasileiro] tome uma postura mais efetiva em relação à questão migratória no nosso estado de Roraima", acrescentou.
Suely Campos afirmou que diariamente entram pela cidade fronteiriça de Pacaraima, que fica na fronteira do Brasil com a Venezuela, entre 500 e 700 venezuelanos.
Muitos dirigem-se a pé para Boa Vista, a capital do estado, em busca de melhores condições de vida.
Segundo informou o G1, na ação interposta hoje, o estado de Roraima alegou ao STF que é o estado mais pobre do Brasil e não tem condições de oferecer serviços obrigatórios, como saúde e educação, perante o aumento descontrolado do fluxo migratório.
Nos últimos dois anos, milhares de venezuelanos têm deixado o seu país fugindo de uma grave crise social e económica.
Muitos atravessam a fronteira com o Brasil para buscar comida ou assistência médica e mal conseguem suprir estas necessidades regressam à Venezuela.
O Governo brasileiro estimou que 170 mil venezuelanos entraram no país entre janeiro 2016 e janeiro de 2018.
Deste total, entre 40 mil e 60 mil venezuelanos – divididos em imigrantes e solicitantes de refúgio – permanecem no Brasil.
LUSA