"Na noite de segunda-feira, 04 de abril, para terça-feira, 05 de abril de 2022, homens armados não identificados visitaram a comunidade de freiras na paróquia de Yalgo, na diocese de Kaya. Sequestraram a irmã Suellen Tennyson, da Congregação das Irmãs Marianitas da Santa Cruz", detalha-se na nota, assinada pelo bispo Théophile Nare.
O bispo refere que Suellen Tennyson foi levada para local desconhecido e os autores do crime “vandalizaram quartos, sabotaram o veículo comunitário que tentaram levar consigo".
Segundo a diocese, a freira estava em Yalgo desde outubro de 2014.
Yalgo localiza-se entre Kaya e Dori, duas grandes cidades no norte de Burkina Faso, numa região atormentada regularmente por ataques terroristas há sete anos.
Há cerca de um ano, em abril de 2021, três cidadãos europeus inicialmente desaparecidos – dois espanhóis e um irlandês – foram "executados por terroristas", num ataque no leste do Burkina Faso, segundo as autoridades.
Os três foram os últimos cidadãos ocidentais a serem alvo deste tipo de crime no país.
À semelhança dos seus vizinhos Mali e Níger, o Burkina Faso é cenário desde 2015 de ataques armados de movimentos armados ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram mais de 2.000 mortos e 1,8 milhão de deslocados.
O país enfrenta há duas semanas um aumento nos ataques terroristas que provocaram já a morte de cerca de 80 civis e militares.
O novo chefe de Estado, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que chegou ao poder mercê um golpe no final de janeiro, que derrubou o Presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré, fez da questão de segurança a sua "prioridade" e justificação para o derrube do seu antecessor.
Lusa