Terá sido esta a resposta da Organização a uma carta enviada pelo eurodeputado Francisco Guerreiro (Verdes/ALE), a dia 17 de fevereiro deste ano.
Segundo uma nota à comunicação social, «o Secretário-Executivo da Organização em Portugal, remeteu para a análise da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) – uma organização internacional não governamental que fornece ao Comité do Património Mundial da UNESCO avaliações técnicas sobre bens do património natural – e que deu um parecer negativo na sua revisão técnica relativa ao estudo de impacto ambiental referente ao projeto proposto para pavimentar o Caminho das Ginjas – Paúl da Serra na Floresta Laurissilva da Madeira,
que pertence ao Património Mundial».
Na mesma nota, «a UICN considera que a necessidade de pavimentar a estrada não foi demonstrada nos documentos analisados e deve ser clarificada, incluindo os benefícios específicos procurados em termos de proteção e conservação efetiva do património natural de valor universal excecional (VUE).»
A Unesco acrescentou ainda «a remoção prevista de até 3 metros de vegetação em ambos os lados da estrada, e o alargamento proposto de um troço de 100 metros para estacionamento de veículos e armazenamento de depósitos de água resultaria na perda de vegetação, incluindo espécies invasoras e espécies "com estatuto de proteção, estatuto de conservação ameaçado e espécies endémicas," considera a UICN no seu parecer».
Por fim, nesta nota o eurodeputado acrescentou « a UICN salienta ainda que a pavimentação da via florestal existente levaria a um maior acesso global à área em questão, com o potencial de exacerbar a pressão do tráfego das comunidades locais, aumentar a pressão do turismo e a exploração de recursos. Embora o aumento do tráfego seja identificado como um problema, nenhum estudo de tráfego parece ter sido realizado para determinar potenciais impactos».