O enólogo da empresa produtora e exportadora de Vinho Madeira Blandy’s Madeira Wine Company vai validar a mais antiga coleção de vinho da ilha descoberta durante a remodelação do Liberty Hall Museum, nos Estados Unidos, foi hoje anunciado.
“É um prestígio e uma honra para a Blandy’s Madeira Wine, que o seu enólogo e administrador, Francisco Albuquerque, tenha sido o escolhido para validar uma das mais notáveis descobertas do vinho Madeira dos Estados Unidos da América”, diz a informação hoje divulgada pela empresa.
Durante as obras de remodelação do Liberty Hall Museum, em Nova Jersey, nos Estados Unidos da América foram encontradas 50 garrafas e 42 garrafões de vinho Madeira que estavam escondidas atrás de uma parede construída durante a Lei-Seca, implementada no início do século XX naquele país.
Na nota difundida, o enólogo Francisco Albuquerque refere que algumas das garrafas são datadas pouco depois da Revolução Americana de 1776, o que demonstra a “importância” dos vinhos da Madeira nos EUA.
“É a prova de que é um vinho com índice de envelhecimento muito raro, com grande longevidade”, realça, complementando ser um facto que “já estava provado”.
Entre os vinhos centenários encontrados naquele local, estão castas Verdelho, Sercial e Smoke Madeira, a garrafa mais antiga tem 221 anos [mais de dois séculos], enquanto a com menor idade tem 168 anos.
A informação também menciona que esta é considerada a “mais antiga coleção de vinhos Madeira encontrada nos Estados Unidos”, estando a adega presentemente aberta ao público.
Esta iniciativa tem como parceiros a leiloeira Christie’s e a Apcor, estando esta associação do setor corticeiro com a responsabilidade de “fabricar as rolhas de cortiça para o rolhar dos garrafões, em substituição das rolhas que cumpriram a sua função por mais de 100 anos”.
Este pormenor também “atesta a alta qualidade da cortiça portuguesa”, aponta a nota.
LUSA