“Os trabalhos continuam a decorrer no sentido de circundar o incêndio levando à sua extinção”, refere o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira em comunicado, adiantando que estão no teatro de operações operacionais dos corpos de Bombeiros Voluntários da Calheta, Voluntários Madeirenses (Funchal), Sapadores de Santa Cruz, Sapadores do Funchal.
As chamas estão a ser combatidas também por elementos do Corpo de Polícia Florestal, com apoio de um meio aéreo (helicóptero) e 10 veículos.
O incêndio deflagrou no Caminho do Poço/Pinheiro, no concelho da Calheta, zona oeste da ilha da Madeira, na segunda-feira à noite, e chegou a ter várias frentes ativas em áreas de floresta e mato.
A Proteção Civil revelou que desde 04 de outubro foram registados cinco focos de incêndios nos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Calheta, todos localizados na zona oeste da ilha.
Devido aos fogos está “interdita toda e qualquer circulação nos percursos pedestres classificados na área do Rabaçal”, de acordo com o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza.
A Direção regional das Estradas informou também que decidiu encerrar ao trânsito o troço da Estrada Regional 105, entre o sítio do Ovil e a Estrada Dr. Roberto Monteiro (Caminho Municipal do Lombo do Salão), no Paúl da Serra.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém o arquipélago da Madeira em alerta laranja desde a semana passada devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, situação que se prolonga até às 18:00 de sexta-feira.
O aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA quando existe uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.
De acordo com o IPMA, a Madeira registou na quinta-feira um recorde climático, com o Funchal a atingir a temperatura máxima de 34,7 graus centígrados, a mais elevada num mês de outubro.
O estado do tempo no arquipélago da Madeira tem sido condicionado por “uma massa de ar tropical quente e seca, com origem no deserto do Saara (o tempo de leste na Madeira), transportada na circulação conjunta de um anticiclone localizado na Europa Ocidental e de um vale depressionário que se estende desde o Norte de África até à Península Ibérica”.
Lusa