O governador de Lugansk, Sergii Gaidai, informou hoje, através da rede social Telegram, sobre a difícil situação que as suas forças estão a enfrentar nesta região.
"Os russos estão a atacar Severodonetsk (…). Há combates nas ruas. No entanto, as Forças Armadas da Ucrânia mantêm a defesa. O chefe de Estado, que visitou as nossas posições avançadas na região de Lugansk na noite passada [domingo], estava convencido dessa situação", declarou.
Gaidai recordou com estas palavras a visita surpresa que o Presidente do país, Volodymyr Zelensky, fez no domingo à frente de batalha nas regiões de Lugansk e Donetsk.
As duas regiões, autoproclamadas Repúblicas independentes pouco antes do início da invasão russa e reconhecidas por Moscovo, tornaram-se recentemente os principais alvos do Exército da Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro.
O líder regional também informou que os serviços de socorro conseguiram apagar um incêndio que eclodiu na área próxima de Lysychansk, depois que os russos bombardearam uma padaria.
Além da padaria, vários prédios do Governo e dois blocos de apartamentos foram atingidos pelos bombardeamentos, segundo Gaidai.
Nestes últimos ataques, uma mulher ficou ferida na aldeia de Pryvillia, tendo sido hospitalizada. Um total de 16 edifícios na área foram destruídos.
Os bombardeamentos russos também danificaram vários edifícios civis perto dos municípios de Metiolkine, Borivske, Ustynivka e Toshkivka.
As aldeias de Zolote, Orikhove, Hirske e Vrubivka foram também atacadas com morteiros e artilharia.
Gadai também informou que os russos estavam a realizar operações de assalto perto de Bilohorivka e Mykolaivka, onde "o inimigo sofreu perdas significativas", e ataques aéreos contra a infraestrutura civil em Lysychansk.
As tropas russas estão a tentar estabelecer o controlo total sobre as regiões de Lugansk e Donetsk, que compõem Donbass, mas até agora não conseguiram atingir esse objetivo.
A conquista dessas regiões permitiria a Moscovo ter um corredor que liga o leste e o sul da Ucrânia à península da Crimeia, que os russos ocuparam desde 2014, para poder movimentar material e tropas, além de cortar os acessos marítimos da Ucrânia.