"A libertação de localidades dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk" (leste), referiu o Exército ucraniano no seu relatório matinal.
“Em toda a linha de frente, “as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades” em 24 horas, acrescenta-se no documento.
"Durante a retirada, as tropas russas abandonaram as suas posições às pressas e fugiram", segundo o Exército.
A Ucrânia afirmou no domingo ter recuperado cerca de 3.000 quilómetros quadrados do seu território, principalmente na região de Kharkiv, desde o início de setembro.
Na noite de domingo, várias regiões do leste, norte, sul e centro do país sofreram extensos cortes de energia, atribuídos pelas autoridades ucranianas aos ataques russos. Perto de Kharkiv, a central termoelétrica número 5, a segunda do país, foi afetada, segundo a Presidência ucraniana.
A energia foi rapidamente restaurada em algumas das áreas afetadas.
Na região de Kharkiv, 80 por cento do fornecimento de eletricidade e água foi restaurado, disse hoje o vice-chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Kyrylo Tymoshenko, na rede social Telegram.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.