Num comunicado, e com base em informações fornecidas pelos serviços secretos de Israel (o Shin Beth), o exército israelita adiantou que Qadi, um dos principais comandantes do movimento islamita que governa a Faixa de Gaza desde 2007, foi abatido na sequência de um bombardeamento perpetrado por um ‘drone’ (aparelho voador não tripulado).
Segundo o exército israelita, o comandante da unidade "Nukhba" ("elite" em árabe) do Hamas, movimento considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, já tinha sido preso em 2005 após o rapto e assassínio de civis israelitas e foi libertado como parte de uma troca de prisioneiros em 2011.
Um porta-voz do exército israelita lembrou que Qadi foi libertado pelas autoridades israelitas no âmbito da troca de detidos após a libertação do soldado franco-israelita Gilad Shalit, raptado em 25 de junho de 2006 pelo Hamas e libertado em 18 de outubro de 2011, após cinco anos e meio de cativeiro na Faixa de Gaza.
Uma fonte do Hamas, contactada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), escusou-se a comentar a alegada morte do comandante apresentado como "Ali al-Qadi", e não deu qualquer informação sobre o seu destino. No entanto, o Hamas confirmou tratar-se de um comandante da unidade "Nukhba".
Segundo esta fonte, Qadi, de 37 anos, era natural de Ramallah, na Cisjordânia, e tinha sido expulso para Gaza.
O sangrento ataque perpetrado pelo movimento islamita Hamas no sábado passado provocou a morte de mais de 1.300 israelitas, na sua grande maioria civis, incluindo mulheres, crianças e idosos, e 3.200 feridos, além de 120 civis feitos reféns na Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelitas.
Do lado palestiniano, segundo os dados mais recentes apresentados hoje pelo Ministério da Saúde local, o número de mortos nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza subiu de 1.900 para 2.215, incluindo 724 crianças.
Nas últimas horas, Israel anunciou também a morte, sexta-feira à noite, num ataque na Faixa de Gaza, do chefe das operações aéreas do movimento islamita, Murad Abu Murad, também considerado um dos organizadores do ataque de sábado passado contra Israel.
"Murad Abu Murad, o chefe das operações aéreas na cidade de Gaza, que esteve fortemente envolvido e liderou os terroristas no ataque assassino de sábado [7 de outubro], foi morto durante o ataque", declarou o exército israelita, numa mensagem acompanhada por um vídeo que mostrava um edifício a ser destruído por um míssil.