O arguido, com 49 anos, começou a ser julgado em 3 de fevereiro, pelos crimes de peculato, falsificação de documentos e violação do segredo de correspondência.
Na primeira sessão do julgamento, que decorreu no Juízo Central Criminal do Funchal, o ex-funcionário dos CTT da Madeira confessou todos os factos.
O caso remonta a setembro de 2020, quando o arguido desempenhava a função de supervisor operacional do centro de distribuição de correio da Penteada, no Funchal, e se deparou com três envelopes fechados numa mala com selo de segurança, que fora remetida dos Açores para a Madeira por engano.
Os envelopes – dois do Novo Banco contendo cerca de 16.900 euros e um do Santander Totta com 20.00 euros – tinham sido expedidos na ilha do Pico para São Miguel, mas por lapso foram recebidos na Madeira.
O arguido deveria ter corrigido o erro, mas decidiu apropriar-se dos valores, numa área fora do alcance das câmaras de videovigilância, e depois fabricou duplicados dos registos, remetendo-os para fora da região.
Sem antecedentes criminais, o ex-funcionário dos CTT assegurou perante o coletivo presidido por Carla Menezes estar “arrependido” e ter devolvido a totalidade do dinheiro de que se apropriou indevidamente.