A 30 de junho acaba o prazo para o sistema de registo de cidadãos da UE [EU Settlement Scheme] aberto no âmbito da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), através do qual os europeus podem manter os direitos de viver, trabalhar ou estudar no território britânico.
“A partir de 01 de julho de 2021, não só os cidadãos da UE, mas também os empregadores, agências governamentais, prestadores de cuidados de saúde e outros vão enfrentar um cenário novo e complexo”, avisa a organização the3million, num comunicado.
O futuro sistema apresenta “uma miríade de armadilhas”, avisa, desde uma forma complexa de calcular ausências do país que podem levar ao fim do estatuto, um comprovativo exclusivamente digital e risco de discriminação para encontrar trabalho, habitação e acesso a outros serviços.
“Precisamos de parar uma corrida contrarrelógio escusada, pois o prazo está a aproximar-se rapidamente. Queremos que as pessoas obtenham os direitos a que têm direito e sejam capazes de os fazer cumprir”, defendeu uma das fundadoras da the3million, Maike Bohn.
A organização urgiu o Governo a prolongar o prazo e a garantir os mesmos direitos dos cidadãos que só tem um título de residência provisório, o qual precisa de ser convertido em residência permanente.
O ministério do Interior britânico recusou até agora estender o prazo, mas mostrou-se disponível para aceitar candidaturas atrasas se forem apresentados “motivos razoáveis”.
C/Lusa