“Hoje anunciamos medidas para impor restrições de vistos a 100 funcionários do regime e seus afiliados pelo envolvimento em minar ou ferir instituições democráticas ou impedir a transição para a democracia na Bielorrússia”, especifica um comunicado do departamento de Estado.
Da lista constam pessoas que detêm cargos de alto nível na presidência, no ministério do Interior, no comité de segurança do Estado, comissão eleitoral, Procuradoria-Geral, parlamento, juízes e órgãos de comunicação social estatal, entre outros.
Na nota assinada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Washington acusa essas pessoas de estarem implicadas em atos vários de repressão, detenções violentas de manifestantes pacíficos, fraude eleitoral, sentenças politicamente motivadas de presos políticos e aprovação de legislação com impacto no gozo das liberdades fundamentais.
A decisão é anunciada quando se assinala o segundo aniversário da eleição presidencial na Bielorrússia, quando milhares de pessoas contestaram nas ruas a vitória de Lukashenko, considerada fraudulenta.
“Os seus apelos pacíficos à democracia foram recebidos com uma força bruta sem precedentes e com uma repressão consolidada do regime de Lukashenko”, recorda o departamento de Estado.
Desde a eleição de 2020, Washigngton tem tomado medidas contra os apoiantes do regime bielorruso, aliados do Presidente russo, Vladimir Putin, e já impôs restrições de vistos a um total de 297 indivíduos.