Os Estados Unidos da América (EUA) estão à procura de Mohamoud Abdi Aden, que retratam como líder do grupo islâmico Al-Shebab, sediado na Somália, que levou a cabo vários ataques sangrentos no vizinho Quénia.
O Al-Shebab, um grupo filiado na Al-Qaida, tinha reivindicado a responsabilidade pelo ataque de 15 de janeiro de 2019 ao hotel de luxo DusitD2 na capital Nairobi, durante um cerco que durou 20 horas.
Pelo menos 21 pessoas tinham sido mortas, incluindo um cidadão americano, e muitas outras ficaram feridas.
As autoridades quenianas disseram na altura que todos os atacantes tinham sido mortos.
"Mohamoud Abdi Aden, um líder do Al-Shebab, fez parte da célula que planeou o ataque ao hotel DusitD2", disse a embaixadora dos Estados Unidos no Quénia, Meg Whitman, em Nairobi.
A diplomata avançou que os EUA estavam a oferecer uma recompensa de até 10 milhões de dólares (9,2 milhões de euros) por informações que levassem à prisão do homem que se acredita ser um cidadão queniano, e de outros envolvidos no cerco ao hotel.
O chefe do Departamento de Investigação Criminal do Quénia, Amin Mohamed Ibrahim, chamou a Aden o "mestre terrorista" do ataque.
O Al-Shebab realizou vários ataques no Quénia desde que o país enviou o seu exército para a Somália, em outubro de 2011, para combater o grupo islamista radical.
Em 2013, o Al-Shebab atacou um centro comercial em Nairobi, num cerco de quatro dias, que acabou com a morte de 67 pessoas.
Em 2015, um ataque à Universidade de Garissa no Quénia Oriental matou 148 pessoas, quase todas estudantes. A maioria foi alvejada à queima-roupa, após ter sido identificada como cristã.
Foi o ataque mais sangrento da história do Quénia, após o ataque da Al-Qaida à embaixada dos EUA em Nairobi, em 1998, que matou 213 pessoas.