“A fusão destas três áreas num único ministério suscitou sérias dúvidas quanto à capacidade do Governo assegurar uma resposta eficaz, especializada e adequada aos desafios específicos que se colocam ao Ensino Superior em Portugal”, referem em comunicado.
Fernando Alexandre é um dos 13 ministros do executivo cessante que Luís Montenegro decidiu manter e vai voltar a liderar o Ministério da Educação, Ciência e Inovação que substitui os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior dos anteriores governos socialistas.
A nova orgânica do Governo foi criticada na altura, mas Fernando Alexandre assegurou desde logo que nenhuma das áreas seria desvalorizada.
“O que procuramos transmitir com esta fusão é, precisamente, a importância de pensarmos a educação e o investimento em ciência, independentemente do nível a que é feito, como um elemento fundamental para a transformação da nossa sociedade, para a formação integral das pessoas”, tinha justificado o ministro.
Em reação à lista dos ministros do XXV Governo Constitucional, o Movimento Estudantil sublinha agora que existem no ensino superior múltiplos desafios estruturais “que exigem atenção prioritária”.
Entre eles, os representantes dos estudantes referem o financiamento das instituições, o reforço da ação social escolar, a valorização do sistema binário, a promoção da ciência e da investigação e a retenção de jovens diplomados no país.
Para o movimento, que junta federações e associações de estudantes das universidades e politécnicos, são temas que “não podem ser relegados para segundo plano num ministério cuja área de atuação é já, por si só, vasta e complexa”.
“Reafirmamos, por isso, a necessidade de se repensar a estrutura ministerial atual, pois só com uma tutela clara e dedicada será possível assegurar a coerência das políticas públicas, reforçar a centralidade do ensino superior no desenvolvimento do país e responder de forma eficaz aos desafios”, refere o comunicado.
Lusa