Segundo uma nota de imprensa do grupo Greve Climática Estudantil de Lisboa enviada à Lusa, foram detidas 24 jovens na sexta-feira em manifestações pelo fim dos combustíveis fósseis.
Das 24 manifestantes, 11 jovens passaram a noite na esquadra e estava previsto serem presentes hoje, pelas 10:00, a um juiz.
O grupo Greve Climática Estudantil de Lisboa convocou uma vigília para o Campus da Justiça, pelas 10:00, em apoio às estudantes que, acreditam as restantes manifestantes, serão libertadas após serem presentes ao juiz.
O grupo refere que dez estudantes foram constituídas arguidas por desobediência, “após fazerem um ‘sit-in’ no Ministério das Infraestruturas”.
A outra estudante foi constituída arguida “por resistência ou coação à polícia”, lê-se no comunicado.
“O Governo prefere continuar a enviar polícia para reprimir e agora agredir estudantes do que se comprometer a um plano compatível com a ciência para assegurar o nosso futuro”, afirmou Beatriz Xavier, porta-voz da onda de ações pelo fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, citada na nota de imprensa.
A jovem acrescentou que manter as jovens na esquadra durante a noite “parece ser apenas mais uma forma de o sistema" as "tentar intimidar”.
“Não vão ser bem sucedidos, porque sabemos que estamos a lutar pelas nossas vidas. Estamos do lado certo da história, não podemos parar”, rematou.
Cerca de 50 jovens ativistas concentraram-se na manhã de sexta-feira no Largo Camões, tendo desfilado pouco depois em direção ao Ministério do Ambiente, mas a marcha foi momentaneamente interrompida quando a polícia revistou três manifestantes aos quais apreendeu dois “engenhos pirotécnicos” e um saco com tintas.
O desfile prosseguiu com palavras de ordem contra a exploração de energia fóssil e, ao subirem a Rua do Século, já próximo ao Ministério Ambiente, os manifestantes conseguiram libertar fumos nas cores de vermelho, verde e negro de engenhos semelhantes aos apreendidos pela PSP.
Realizaram-se ainda manifestações noutros locais.
Os ativistas têm realizado manifestações e ações para reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que o gás fóssil é utilizado em Portugal.
Lusa