Um dos barcos, com 96 pessoas de origem subsaariana, entre as 1uais 36 crianças, chegou na quarta-feira à noite ao porto de Los Cristianos, no sul de Tenerife, onde tiveram de ser prestados cuidados de saúde a três dos passageiros.
Posteriormente, no cais de Gran Tarajal, a sul de Fuerteventura, 80 homens de origem subsaariana foram desembarcados.
Já de madrugada, um terceiro barco, no qual viajavam 90 pessoas de origem subsaariana (67 homens, uma mulher e 22 menores), foi detetado quando estava a menos de 20 quilómetros a sul de Punta Rasca, adiantou um porta-voz da autoridade marítima espanhola.
O quarto barco surgiu cerca das 04:00, com outros 74 subsaarianos (69 homens, quatro mulheres e um menor), e desembarcou em La Restinga, ao sul de El Hierro, depois de ter sido detetado a 15 quilómetros ao sul desta cidade.
Segundo dados do Governo de Espanha conhecidos esta semana, mais de 23.500 migrantes chegaram este ano às costas das ilhas espanholas das Canárias, no Oceano Atlântico, um número só superado em 2006,
Entre 01 de janeiro e 15 de outubro, chegaram às Canárias, em embarcações ilegais, 23.537 pessoas, enquanto durante todo o ano de 2006 foram 31.678, o valor mais elevado até agora.
Segundo os dados do Ministério da Administração Interna de Espanha, 2023 é, assim, o segundo ano com maior número de chegadas irregulares, sendo o terceiro 2020 (23.271).
Só na primeira quinzena de outubro, as autoridades espanholas registaram a chegada de 8.561 pessoas ao arquipélago, mais 79% do que no mesmo período do ano passado.
Espanha é um dos países europeus que lida com maior número de entradas de migrantes em situação irregular na Europa, através das costas do Mediterrâneo e dos arquipélagos das Canárias e das Baleares.
Lusa