“A pesca sustentável é fulcral nas regiões costeiras e desempenha um papel importante na nossa sustentabilidade alimentar (…) é um instrumento crucial dentro da agenda 2030” e por isso “temos de ser capazes de encontrar soluções”, instou ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação de Espanha, Luis Planas, na sua intervenção na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (ONU), que decorre em Lisboa.
O ministro espanhol prometeu que Espanha “continuará a ser ativa e pioneira” neste domínio, sublinhando o quanto se ouviu nesta conferência que “a pesca ilegal e sobrepesca são ameaças a que há que pôr fim”.
Planas referiu-se “ao sucesso” da experiência espanhola em reservas de zonas marinhas, "que cobrem muitos hectares e procuram regenerar os ecossistemas marinhos e proteger a pesca em pequena escala", como um exemplo do que pode ser feito.
“Espanha, com a sua longa costa e os seus milhões de quilómetros quadrados de mar com as suas muitas espécies, sempre viu os oceanos como cruciais para a nossa economia, cultura e estilo de vida”, referiu.
A ciência, “essencial para trazer soluções para a utilização sustentável dos recursos naturais e a proteção da biodiversidade” foi outra das tónicas na intervenção de Planas.
O ministro defendeu a investigação científica, afirmando “a tomada de decisões na gestão das atividades económicas ligadas à pesca feita com base no melhor conhecimento disponível”.
Os documentos finais desta conferência “devem refletir isso”, prosseguiu o representante de Espanha, sublinhando que os ecossistemas marinhos e a biodiversidade têm um papel crucial na segurança alimentar e nas economias.
Luis Planas confia em que o acordo global sobre plásticos, que está a ser negociado no âmbito das Nações Unidas, “ajudará também a resolver o fenómeno destrutivo da poluição” dos oceanos e a preservar a biodiversidade para as gerações futuras.
A II Conferência dos Oceanos da ONU, organizada em conjunto por Portugal e pelo Quénia, teve início na segunda-feira e termina na sexta-feira, em Lisboa.