O grupo operativo que englobou agentes do Serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil espanhola (Seprona), do Grupo Especializado em Atividades Subaquáticas (GEAS) e biólogos especializados da associação Chelonia decidiu terminar os trabalhos ao fim de seis dias de buscas sem resultados.
No sábado, a Guarda Civil de Espanha tomou conhecimento de um possível avistamento de um crocodilo do Nilo, com cerca de 250 quilos, através da polícia de Simancas.
A autoridade local foi alertada por um grupo de jovens da localidade, que disseram ter avistado um animal que não conseguiram identificar, mas que parecia ser uma espécie de crocodilo a atravessar o rio.
A presença do animal foi também indicada por um agente que, tal como o grupo de jovens, avistou o que parecia ser um réptil de grandes dimensões a nadar junto à confluência dos rios Douro e Pisuerga ao deslocar-se ao local.
Nos primeiros dias de buscas, as autoridades encontraram alguns indícios, como parte de um peixe devorado e possíveis ninhos, sem conseguir identificar o animal a que pertenciam, mas, na terça-feira, os biólogos e cientistas da associação Chelonia chamados às buscas descartaram por completo essa possibilidade após observação no local.
Os especialistas da associação sem fins lucrativos, que rastreia espécies de crocodilos em diferentes zonas do mundo, indicaram que os restos de peixe deveriam pertencer a uma lontra, uma vez que os crocodilos os devoram inteiros e que os ninhos encontrados não correspondiam a este tipo de réptil.
As buscas prosseguiram, então, através de meios técnicos como câmaras de deteção de movimento, câmaras térmicas, colocação de iscos em vários pontos e um drone para percorrer as zonas inacessíveis do rio, com a finalidade de “poder descartar a sua existência com maior percentagem de fiabilidade”.
Foram finalizadas hoje, depois de não ser encontrada qualquer prova ou indícios do crocodilo numa extensão de seis quilómetros, entre uma central elétrica e uma barragem, obstáculos que os especialistas consideram impossíveis de ultrapassar pelo suposto animal.
C/Lusa