A diretora regional de Ordenamento do Território e Ambiente da Madeira disse hoje que "estão identificados" os "possíveis focos de poluição" que determinaram má qualidade da água em duas praias da região num relatório da Agência Europeia do Ambiente.
"Já estão identificados alguns possíveis focos de poluição", afirmou Susana Fontinha, alertando para a necessidade de "ter maior atenção a aspetos relacionados com o saneamento básico" nos casos das zonas balneares da Praia do Gorgulho e Poças do Gomes, ambas no Funchal.
A 25 de maio, um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) dava conta da "má qualidade" de três zonas balneares, duas delas na Região Autónoma da Madeira, ainda que Portugal esteja acima da média europeia com 84,5% de zonas balneares com qualidade excelente.
Susana Fontinha disse que as competências da DROTA permitem uma "articulação com muitas entidades", mas salvaguarda que em "tudo o que diz respeito a estações elevatórias ou saneamento básico" são as autarquias que "têm uma responsabilidade direta".
Por parte da Frente Mar Funchal, – empresa que gere os complexos balneares da cidade -, o seu administrador, Carlos Jardim, esclareceu que no caso do Gorgulho, a existência de um ribeiro é o principal foco de poluição.
"Nós já fizemos um poço de decantação que é limpo semanalmente", mas o problema reside em meras descargas, "conscientes ou não, que desaguam naquele ribeiro, o que, às vezes, impossibilita a necessária identificação dos infratores", explicou.
Já quanto às Poças do Gomes, Carlos Jardim afirmou que a situação é mais complexa, "porque a maior parte do foco de poluição provém da ribeira da Vitória (Câmara de Lobos), em que, devido à dinâmica do mar, essa mesma poluição vai para a zona balnear".
Para a época balnear da região – que se inicia a 01 de junho – estão em condições para serem usadas 46 águas balneares, o mesmo número que em 2015.