O Governo Regional da Madeira informou hoje que vai investir mais de 5,6 milhões no projeto de reabilitação dos edifícios da escola básica e secundária do Porto Santo.
A informação foi veiculada pela Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, na sequência da visita que o titular deste departamento do executivo insular, Sérgio Marques, juntamente com o responsável da Educação, Jorge Carvalho, efetuaram hoje aquela ilha.
A 23 de setembro, o presidente do Sindicato dos Professores da Madeira e elemento da associação "Somos Porto Santo", Francisco Oliveira anunciou que estava a ser preparado uma ação de protesto para alertar para "a condição perigosa para a saúde pública" da escola daquela ilha, devido ao amianto utilizado na sua construção.
"O Sindicato tem denunciado várias vezes esta situação e insistido na necessidade de uma nova escola na ilha, devido à perigosidade do atual edifício, uma construção com cerca de 30 anos que se está a degradar, sendo considerado um dos casos mais preocupantes de escolas com amianto utilizado na construção", disse Francisco Oliveira à agência Lusa.
Hoje, o secretário regional Sérgio Marques reuniu com o conselho executivo daquele estabelecimento escolar, dando conta do "plano do governo para aquela infraestrutura fundamental para a Ilha Dourada", refere a nota divulgada na Madeira.
No documento, o executivo madeirense sublinha que "a reabilitação integral dos edifícios que é proposta vai muito para além de uma mera intervenção estética, além de claras vantagens económicas, permite um impacto muito menor em termos de resíduos da construção, com evidentes vantagens ambientais".
Também refere que a intervenção está a ser projetada de forma a permitir que a escola "mantenha as suas funções letivas durante as obras, com mínimas perturbações ou constrangimentos, situação que não ocorreria se houvesse necessidade de recorrer a demolições e posteriores reconstruções".
O ginásio, que "atualmente não é utilizado porque se encontra degradado", será recuperado, "a cobertura de todo o edifício escolar, em chapas de fibrocimento, será desmontada com cuidados especiais" e será substituída "por chapas isotérmicas, resolvendo também os problemas pontuais de infiltração de água".
O Governo Regional acrescenta que "todos os elementos estruturais serão reabilitados ou substituídos por outros que tenham surgido entretanto e que se considerem mais adequados para aquela infraestrutura".