“Devido à pandemia da Covid-19, este ano não teremos época balnear nos moldes dos anos anteriores”, declarou à agência Lusa Miguel Silva Gouveia, sublinhando, contudo, que será possível “ir a banhos, ao mar”, porque está apenas vedado o acesso a espaços onde ocorram “aglomerados de pessoas”.
No Funchal, a empresa intermunicipal Frente Mar é a gestora dos complexos balneares do Lido, Poça dos Gomes, Barreirinha e Ponta Gorda, além das praias Formosa, São Tiago, Gorgulho e Lido Poente.
Esta semana houve uma reunião com o secretário regional da Saúde e que a época balnear foi um dos temas abordados, visto “na Madeira haver o hábito de ir à praia todo o ano”.
“A orientação emanada do Instituto da Administração da Saúde da Madeira (IASAUDE) proíbe qualquer ajuntamento passados 90 dias úteis após o término do estado de emergência”, explicou.
Miguel Silva Gouveia destacou que esta “circular normativa cancela todos os eventos em massa, quer em recintos fechados ou ao ar livre”, e salientou que “as praias são pela sua natureza locais de aglomerados de pessoas”.
O responsável municipal lembrou que o atual estado de emergência tem vigência até 02 de maio e que, “acrescentando os 90 dias úteis, vem dar a 06 de setembro” a data até à qual são proibidos ajuntamentos.
“Nessa altura, a época balnear já está praticamente no fim”, sublinhou, lembrando que pode ainda haver um prolongamento do estado de emergência pelo Presidente da República.
O Presidente do município do Funchal indicou que esta situação só poderia ser contornada com uma “circular normativa que impusesse limitações, à semelhança do que foi feito com os aviões e autocarros, permitindo a abertura das praias com capacidade reduzida, por exemplo, a um terço”.
Também estão já canceladas as Festas dos Santos Populares, com todos os arraiais que acontecem no verão por toda a ilha.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo Coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Das 53 pessoas registadas no arquipélago com a doença, duas já recuperaram, encontrando-se uma na unidade de cuidados intensivos, no Hospital Central do Funchal, e as restantes no domicílio ou em unidades hoteleiras requisitadas pelo Governo Regional.
C/Lusa