"Havia 99 pessoas a bordo entre passageiros e tripulantes, das quais 97 morreram e duas sobreviveram", disse à agência noticiosa espanhola Efe o porta-voz do comissário de Carachi, Irfan Hussain.
Dos 97 mortos, 20 foram identificados até agora por membros da família.
O Exército paquistanês confirmou o número de vítimas na sua conta no Twitter e acrescentou que a operação de resgate continua.
O número de pessoas dentro do avião tem suscitado confusão entre as autoridades paquistaneses: inicialmente disseram que dentro do avião se encontravam 107 pessoas, mais tarde apontaram para 98 e agora indicaram que estavam 99, dos quais 91 são passageiros e sete membros da tripulação.
Irfan Hussain disse ainda que há nove feridos entre os moradores da área residencial Modelo Colónia, onde o avião caiu.
Um dos dois sobreviventes do avião que caiu no Paquistão contou no hospital a sua experiência do acidente, da qual escapou cercado por fogo e gritos dos outros passageiros.
"O avião caiu. Depois, tudo o que vi no avião foi fogo. Não vi pessoas", disse Mohamed Zubair à televisão paquistanesa Geo na cama do hospital, onde está a recuperar do acidente.
"Ouvi gritos em todas as direções. Gritos de crianças, adultos e idosos", continuou o paciente.
Zubair explicou que, após a colisão, tirou o cinto de segurança e foi até um ponto de luz que via.
"Fui para a luz e tive sucesso. Tive que saltar cerca de três metros para sair" do avião, disse.
Zubair disse que quando se estavam a aproximar de Carachi, o piloto anunciou que iam aterrar, mas abortou a operação e tentou novamente 10 ou 15 minutos depois, sem sucesso.
A catástrofe acontece alguns dias após o Paquistão ter autorizado o recomeço dos voos comerciais internos. Durante mais de um mês, as ligações domésticas estiveram suspensas para evitar a propagação do novo coronavírus e realizaram-se raros voos internacionais.
O pior acidente de viação nos últimos anos no Paquistão ocorreu em 2010. Um Airbus 321 do da empresa privada Airblue, voando de Carachi para Islamabad, caiu nas colinas pouco antes de aterrar na capital, matando as 152 pessoas a bordo.
C/Lusa