Dois dos 25 indivíduos suspeitos de envolvimento no atentado de sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estiveram alojados no Hotel Pestana, propriedade de empresários portugueses.
Segundo fontes não oficiais, os funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços secretos), que no início da semana estiveram no Hotel Pestana Caracas, identificaram dois dos suspeitos na listagem dos hóspedes e em vídeos das câmaras de segurança do hotel.
Os resultados da operação fazem parte de uma informação do Ministério Público. No Hotel Pestana, terão ficado alojados Brayan de Jesus Oropeza Ruíz, apelidado de "El Poeta", que alegadamente terá operado um dos drones (aviões não tripulados), e também Gregório José Yaguas Monge, conhecido como "El Latino".
As reservas do hotel foram feitas para os dias compreendidos entre 1 e 4 de agosto e, segundo Ministério Público, teriam sido pagas pela empresa Stand Electronic 327 CA, dirigidas por José Eloy Rivas e Elvis Arnoldo Rivas Barrios.
As investigações dão conta que outros três suspeitos ficaram alojados no hotel Altamira Suites.
No sábado, duas explosões que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois drones obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O Governo venezuelano acusou a oposição venezuelana de estar envolvida no atentado, em conjunto com opositores radicados no estrangeiro.
Pelo menos dez pessoas foram detidas pelas autoridades pelo alegado envolvimento no atentado.
As autoridades tentam dar com o paradeiro de outras 15 pessoas, alegadamente envolvidas no atentado.
Na última segunda-feira, funcionários do SEBIN retiraram os hóspedes do Hotel Pestana Caracas, que foram realojados noutro hotel.
LUSA