"Na maioria dos casos e as situações que tenho conhecimento é que os agentes de viagens e os representantes dos operadores aéreos contactam, eles próprios, as unidades hoteleiras no sentido de garantirem que os direitos dos passageiros são salvaguardados", comentava, assim, à agência Lusa, Sérgio Gonçalves a situação dos turistas retidos na Madeira devido às más condições atmosféricas adversas que se fazem sentir desde segunda-feira – vento forte – no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo.
Sérgio Gonçalves faz notar que "quem tem de assumir a responsabilidade pelo alojamento dos passageiros é, ou as companhias aéreas, ou os responsáveis pelas operações e não as unidades hoteleiras onde estes ficam hospedados" e que o problema da alegada falta de quartos não se coloca porque "o avião que não aterra não deixa passageiros, mas também não leva aqueles que aqui estavam e que vinha buscar".
"Não creio que exista qualquer unidade hoteleira que, tendo quartos disponíveis para venda, não o faça", declara, ao comentar os milhares de viajantes que não conseguiram ainda regressar ou seguir para os seus destinos.
O presidente do Setor do Turismo na ACIF referiu ainda que o navio "Lobo Marinho", da Porto Santo Line, tem dado o seu apoio à situação ao transportar alguns passageiros dos aviões que têm divergido para a ilha do Porto Santo.
"Ainda na segunda-feira trouxe 350 passageiros que, tendo aterrado no Porto Santo, optaram, no entanto, por virem para a Madeira na viagem de regresso do "Lobo Marinho" e, esta manhã, o navio levou 180 para embarcarem no Porto Santo e, na viagem de regresso de hoje, traz outros 180 passageiros de aviões que divergiram para aquela ilha", disse.
De acordo com o Centro Meteorológico do Aeroporto da Madeira, as condições atmosféricas deverão melhorar a partir da tarde de quarta-feira.
LUSA