Segunda um comunicado da Polícia Nacional espanhola, foi detido um alegado traficante de seres humanos, assim como o provável capitão do barco que transportava os migrantes, que passaram 13 dias à deriva antes de os serviços de salvamento espanhóis os terem resgatado, a 30 de junho último, tendo encontrado 29 sobreviventes.
A polícia está convencida de que embarcaram entre 52-60 pessoas no barco desde o seu ponto de partida em Dakhla, uma cidade costeira no território do Saará Ocidental.
Entre os mortos encontrava-se uma menina de 5 anos que morreu a bordo de um helicóptero de resgate a caminho de um hospital nas ilhas espanholas.
As investigações policiais determinaram que tanto o traficante como o capitão se encontravam entre os que foram resgatados, tendo sido acusados de homicídio e cumplicidade em atos de imigração não autorizada.
Apesar da dificuldade em recolher números fiáveis, há indicações em como a perigosa rota marítima da África Ocidental para as Ilhas Canárias se está a tornar um ponto de entrada cada vez mais importante para os migrantes que fogem da pobreza e da violência.
Segundo o Ministério do Interior espanhol, mais de 6.900 migrantes chegaram ao arquipélago das Canárias desde o início do corrente ano, em comparação com 2.700 no mesmo período em 2020.
Por outro lado, a Organização Internacional para as Migrações da ONU estima que pelo menos 250 migrantes morreram até agora este ano ao tentarem alcançar o arquipélago espanhol.