Segundo a Conta Satélite da Saúde, hoje divulgada, a despesa das famílias registou em 2021 o valor máximo da série disponível iniciada em 2000, ano em que foram registados “aumentos expressivos da despesa das famílias nos principais prestadores, nomeadamente em hospitais privados (+27,9%) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (+20,1%)”.
De acordo com o INE, “o aumento da procura de serviços de saúde pelas famílias justificou a evolução da despesa”.
Em 2021, adianta, a importância relativa da despesa suportada pelas famílias aumentou 1,0 pontos percentuais (p.p.) e, inversamente, diminuiu o peso do financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (SRS) (menos 0,9 p.p.).
Para 2022, as estimativas do INE apontam que a importância relativa do financiamento do SNS e SRS tenha aumentado novamente (+0,7 p.p.), em detrimento das famílias (-0,4 p.p.) e das outras unidades da administração pública (-0,5 p.p.).
“Denota-se que, nesses anos, as sociedades de seguros reforçaram ligeiramente o seu peso no financiamento do sistema de saúde (+0,1 p.p. em 2021 e +0,2 p.p. em 2022)”, salienta o Instituto Nacional de Estatística.
Na Conta Satélite da Saúde, o INE divulga os principais resultados para o período 2020-2022, tendo atualizado os resultados para os anos 2020 e 2021 publicados em 01 de julho de 2022.
Os dados divulgados neste destaque são finais para o ano 2020, provisórios para 2021 e preliminares para 2022, tendo sido compilados com base em informação disponível até ao final de abril de 2023.