“Esta é uma decisão adotada após a ponderação feita pelas cinco estruturas sindicais no decurso de uma primeira ronda negocial com os parceiros sociais do setor privado e social e durante a qual foi manifestada a disponibilidade, por parte dessas instituições, em abrir uma mesa de negociações”, adiantaram os sindicatos em comunicado.
A paralisação agora desconvocada estava agendada para 26, 29 e 30 de abril e 02 e 03 de maio, mas os sindicatos mantêm o pré-aviso de greve para o Serviço Nacional de Saúde, alegando que cabe ao “Ministério da Saúde dar mostras claras e inequívocas da real motivação para a negociação com os enfermeiros”.
As estruturas representativas dos enfermeiros saúdaram a Associação Portuguesa da Hospitalização Privada e os parceiros do setor social por terem “mostrado abertura para negociar”, mas também por disponibilizarem uma calendarização para esse processo.
Em causa está a reivindicação de uma tabela salarial e a negociação de um Contrato Coletivo de Trabalho para os dois setores, de acordo com os Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos e Sindicato Nacional dos Enfermeiros.
Na última sexta-feira, estas cinco organizações sindicais afirmaram, em conferência de imprensa, que os enfermeiros devem ser uma prioridade governamental, exigindo negociações pela valorização da carreira daqueles profissionais de saúde, que se sentem esquecidos pelos “sucessivos governos”.
Na quarta-feira, a nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou que os sindicatos médicos e dos enfermeiros já foram contactados para iniciarem negociações dentro de duas semanas.
A última paralisação de enfermeiros decorreu no dia 15 de março, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
Lusa