O líder do partido Rússia Unida, Serguei Mironov, disse hoje que a sessão extraordinária se destina a aprovar “leis importantes” de proteção da economia do país, que tem estado sujeito a sanções ocidentais desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.
“Precisam de ser adotadas literalmente agora, e esta é a principal razão pela qual os deputados da Duma se reunirão para uma reunião na sexta-feira”, acrescentou, citado pela agência russa TASS.
O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, anunciou, na segunda-feira, a realização da sessão plenária extraordinária, referindo que o parlamento recebeu mais de oito dezenas de iniciativas legislativas em duas semanas.
“Antes de mais, estamos a falar de medidas de apoio à economia, bem como de proteção social dos cidadãos e do pessoal militar”, disse Volodin, segundo uma nota divulgada no ‘site’ da Duma.
Um dos diplomas visa conceder o estatuto de veterano de guerra aos militares que consigam “repelir uma invasão armada do território da Federação Russa”, de acordo com um documento também divulgado no ‘site’ parlamentar.
Beneficiarão também da medida os militares que enfrentem uma “provocação armada na fronteira estatal e na zona fronteiriça adjacente às áreas da operação militar especial nos territórios da Ucrânia e das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk”.
A medida tem efeitos retroativos a 24 de fevereiro deste ano, dia da invasão da Ucrânia, segundo a proposta subscrita por todos os grupos parlamentares.
A Duma, com 450 deputados, é largamente dominada pelo partido Rússia Unida, no poder, com 323 parlamentares, seguido do Partido Comunista (56), Rússia Justa (27), liberais (22), Novo Povo (14) e dois independentes, havendo seis lugares por ocupar.
A Duma Estatal é a câmara baixa da Assembleia Federal, que tem o Conselho da Federação como câmara alta.
Ao invadir Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava a responder a um pedido de ajuda das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, cuja independência reconheceu na mesma altura.
Os separatistas pró-Moscovo de Donetsk e Lugansk, no Donbass, iniciaram uma guerra separatista contra a Ucrânia em 2014, quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.
Na sequência da guerra na Ucrânia, a União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sanções contra a Rússia e fornecido armas às forças ucranianas.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.
Lusa