Uma enfermeira na cidade de Biella, Filippa Bua, contou ao jornal italiano Corriere della Sera ter percebido de imediato que algo estava errado quando um homem apresentou o membro falso para vacinação na quinta-feira.
"Quando destapei o braço, senti a pele fria e pegajosa e a cor muito clara", afirmou a enfermeira, explicando que inicialmente pensou que o homem de 57 anos tinha um membro amputado e havia oferecido o braço errado por engano, mas quando levantou a camisa viu um braço de silicone.
“Percebi imediatamente que o homem estava a tentar evitar a vacinação utilizando uma prótese de silicone, na qual esperava que eu injetasse a droga", contou ainda Filippa Bua.
A enfermeira adiantou que o homem acabou por reconhecer que não queria ser vacinado, mas apenas obter o certificado digital de vacinação, que a partir de segunda-feira é necessário no país para entrar em restaurantes, cinemas ou teatros.
O homem, segundo a imprensa, já tinha sido suspenso do trabalho por recusar ser vacinado.
Segundo a enfermeira, foi com cortesia que o homem deixou o centro de vacinação após o fracasso da tentativa.
“Entendemos que esta não era apenas uma situação surreal, mas uma tentativa real de fraude", afirmou a enfermeira, explicando ter sido entregue documentação aos seus superiores para que relatem o caso às autoridades, que foi entregue aos promotores.
Embora a vacinação em Itália abranja 85% da população atualmente elegível, com 12 anos ou mais, a faixa etária entre os 30 e os 59 anos tem demonstrado ser a mais resistente à vacinação, com quase 3,5 milhões de pessoas ainda sem as primeiras doses da vacina.
A covid-19 provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,61 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.492 pessoas e foram contabilizados 1.157.352 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.