Em comunicado, a CVP refere que os refugiados foram colocados em centros de acolhimento de emergência e que apenas no centro da Costa da Caparica (Setúbal), de abril a dezembro de 2022, estiveram pessoas de oito nacionalidades diferentes, todas deslocadas de território ucraniano.
“Desde o início da guerra na Ucrânia, a CVP já recolheu mais de sete milhões de euros, através de donativos de privados e de empresas. O dinheiro serviu para apoiar a população afetada pelo conflito e responder às necessidades básicas de quem perdeu as suas casas e bens”, anunciou também a CVP, adiantando que com esses donativos mais de 346 mil pessoas em toda a Ucrânia receberam apoio monetário.
A CVP referiu que ainda ajudou de forma direta mais de um milhão de pessoas deslocadas ou que residem em áreas afetadas pelo conflito, que receberam bens essenciais, alimentação e ‘kits’ de higiene.
“O trabalho no terreno permitiu também que 103 mil pessoas continuassem a receber medicação para doenças crónicas e prestar apoio psicológico a 1.528 adultos e crianças”, refere o comunicado.
Lembrando ter trabalhado em medidas de apoio como oportunidades de trabalho e soluções de alojamento, a CVP acrescentou que enviou duas ambulâncias “para apoiar as populações afetadas, que permitiram aumentar a capacidade de resposta médico-sanitária no terreno”.
A invasão da Ucrânia pela Rússia lançada em 24 de fevereiro de 2022 causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
Pelo menos 8.006 civis morreram e 13.287 ficaram feridos nos últimos 12 meses na Ucrânia, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
No entanto, esses são apenas os casos verificados pela ONU, estimando-se que o número real seja maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Lusa