“As marcas e as fragilidades que esta situação infligiu aos trabalhadores por esse mundo fora, provoca que mais pessoas, apesar de trabalharem, vivam na pobreza”, alertou hoje o coordenador nacional da LOC/MTC – Movimento de Trabalhadores Cristãos, Américo Monteiro.
Em comunicado, a LOC/MTC informa que a mensagem de 1.º de Maio do MMTC para este ano foi elaborada pelo Movimento de Trabalhadores Cristãos do Uganda, referindo que “quase dois anos depois, em que sofreu um bloqueio de 10 meses, de 01 de abril de 2020 a janeiro de 2022, se perderam cerca de 700 mil postos de trabalho” naquele país africano.
A nível global, “a precariedade do trabalho, no contexto de uma crise (…) como a provocada pela pandemia, exige uma nova visão sobre o bem-estar e a dignidade dos trabalhadores.
Para os trabalhadores cristãos, “é tempo de pensar naqueles que perderam os seus empregos durante o longo período de confinamento devido à pandemia de covid-19 e que já não podem ‘dar-se ao luxo’ de comprar bens de primeira necessidade”.
“Tal como o Papa Francisco [na Audiência Geral de 12 de janeiro deste ano], pensamos naqueles que estão desempregados, naqueles que vão bater às portas das fábricas, das empresas, das casas, perguntando se há ‘alguma coisa’ para fazer e obter ‘nada’. Pensamos naqueles que sentem a sua dignidade ferida, porque não conseguem encontrar trabalho e voltam para casa sem nada”, adianta o comunicado da LOC/MTC.
Para os trabalhadores cristãos, “o que dá dignidade não é só trazer o pão para casa, mas ganhá-lo”.
“Os governos devem dar a todos a oportunidade de ganhar o seu pão, porque é isto que lhes dá dignidade. O trabalho é um ato de dignidade. Através do seu trabalho, o Homem, normalmente, sustenta-se a si próprio e à sua família”, termina o comunicado, citando a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (Alegria e Esperança).
Lusa