Foram diagnosticados 874 novos infetados em 237.142 testes efetuados, pelo que o número de casos de contágio aumentou para 306.210 desde o início da pandemia.
Na segunda-feira, o balanço tinha sido de mais 15 mortes e 958 novos infetados relativamente à véspera, mas os valores durante o fim de semana são regularmente afetados pela demora no processo administrativo do registo dos óbitos.
De acordo com o Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a média semanal de óbitos caiu de um pico de 943 a 14 de abril para 130 na segunda-feira, o que permite ao governo levantar mais restrições, com a reabertura de restaurantes, bares e cabeleireiros a partir de 04 de julho.
Crucial para esta decisão é a redução da regra de distanciamento social de dois metros para “um metro ou mais” nestes locais, que terão de adotar outras medidas, como o uso de painéis protetores, gel desinfetante e redução da capacidade.
Hotéis e outro tipo de alojamento turístico, ginásios e parques infantis ao ar livre, cinemas, museus, galerias, parques temáticos, bibliotecas, salas de jogos e locais de culto também vão poder abrir.
Mas espaços que exigem muita proximidade vão continuar fechados, como discotecas, ginásios em espaços fechados, piscinas, parques aquáticos, ‘spas’ e salas de bowling.
O plano afeta apenas Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre as regras do confinamento nos respetivos territórios e adotaram calendários e medidas diferentes.
“Como já vimos em outros países, vão existir surtos para os quais serão necessárias medidas locais e não hesitaremos em aplicar os travões e reintroduzir restrições mesmo em nível nacional se for necessário”, alertou Johnson, durante uma declaração no parlamento britânico.
De acordo com números publicados hoje pelo instituto de estatísticas britânico ONS relativamente a Inglaterra e País de Gales, juntamente com dados da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o número de casos confirmados e suspeitos de mortes por Covid-19 já chegou a 54 mil.
Este valor é mais alto do que o balanço diário do governo porque usa como fonte as certidões de óbito, que podem levar algumas semanas para serem emitidas e que incluem os casos suspeitos e não apenas os casos confirmados por teste.
O excesso de mortalidade, que inclui todas as mortes resultantes indiretamente da pandemia e compara o valor com a média dos últimos cinco anos, ultrapassou os 64 mil óbitos durante o período da pandemia Covid-19.
Este é considerado o melhor indicador do impacto do vírus, pois fornece uma visão ao longo de períodos históricos e inclui a mortalidade por todas as causas, incluindo aquelas que possam ser uma consequência da crise, como a falta de assistência médica.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.540 pessoas das 39.737 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo Coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa