"Acho que, neste momento, não podemos relaxar. Nós estamos em plena crise pandémica, temos uma situação em que não podemos permitir que existam facilidades, sobretudo em termos de potencial contaminação e temos de fazer tudo para evitar problemas", disse.
Miguel Albuquerque fez estas declarações à margem de um encontro com alunos de Gestão de Negócios Internacionais, no âmbito de um MBA (Master em Administração de Empresas), promovido pela Universidade Autónoma de Lisboa e pela escola da APEL (escola particular de ensino secundário e profissional), no Funchal.
"O desconfinamento está a ser feito, mas temos de estar muito atentos. Nós abrimos os aeroportos. Estão pessoas a entrar que vêm de zonas contaminadas, portanto, temos de redobrar os cuidados no distanciamento social, nas medidas profiláticas e de higiene", disse.
E reforçou: "O desconfinamento está sendo feito gradualmente, mas quero avisar, desde já, que vamos solicitar às autoridades de segurança para reforçarem a fiscalização, designadamente na noite. Alguns estabelecimentos já não estão a cumprir as normas".
Miguel Albuquerque lançou estes alertas pouco depois de o Conselho do Governo Regional ter aprovado uma resolução que determina o encerramento obrigatório, até às 02:00, de todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, incluindo os que se encontrem em conjuntos comerciais, com ou sem pista de dança, bem como todos os espaços de animação noturna.
Na mesma resolução, o executivo, de coligação PSD/CDS-PP, definiu que fica proibida a venda de bebidas alcoólicas nas áreas de serviço ou nos postos de abastecimento de combustíveis entre as 00:00 horas e as 08:00 horas, bem como o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre de acesso ao público e vias publicas.
"Estamos a fazer o desconfinamento, estamos a fazer a reabertura gradual do turismo, mas temos de manter as regras e os procedimentos profiláticos", vincou.
A Madeira regista um total acumulado de 95 casos de infeção por covid-19, já com 90 recuperados e apenas cinco ativos, sem necessidade de cuidados hospitalares.
Os casos ativos foram detetados no âmbito da operação de rastreio de viajantes à entrada nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, onde foram realizadas 2.962 colheitas para teste à covid-19 até às 18:00 horas de terça-feira, segundo informação do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE).
A operação teve início em 01 de julho, na sequência de uma resolução do Governo Regional, que substituiu o regime de quarentena pela obrigatoriedade de os passageiros apresentarem um teste negativo realizado até 72 horas antes do início da viagem, ou, então, a efetuá-lo à chegada.
Em Portugal, morreram 1.631 pessoas das 44.859 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
C/Lusa