Num estudo divulgado hoje, o Instituto Nacional de Previdência Social (segurança social italiana) indica que, entre março e abril, foram registados 156.429 mortos, o que representa 46.909 mais do que o esperado, tendo em conta a média constatada nos mesmos meses entre 2015 e 2019.
Ora, o número de mortes declaradas pela proteção civil italiana – balanço anunciado diariamente pelas autoridades – foi de 27.938 para o período entre março e abril.
A segurança social interroga-se sobre a diferença de 18.971 mortes e julga “pouco fiável” o método de quantificação de mortes fornecido diariamente pela proteção civil.
“Tendo em conta que o número de mortes tem sido estável ao longo do tempo, podemos, com a prudência necessária, atribuir à epidemia atual uma grande parte das mortes registadas nos últimos dois meses”, refere o instituto.
A segurança social considera que, “para melhor compreender as verdadeiras consequências da epidemia, é preciso esperar a total erradicação do vírus, com uma vacina ou uma terapia antiviral eficaz”.
Oficialmente, a pandemia causou a morte a 32.486 pessoas em Itália, o terceiro país mais afetado. Dessas, 26.715 morreram na região da Lombardia.
Segundo um balanço da agência de notícias AFP, mais de 328 mil pessoas morreram e cinco milhões estão infetadas em todo o mundo.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da China.
C/Lusa