O número total de óbitos com covid-19 é agora de 46.555 (326 nas últimas 24 horas), fazendo do Reino Unido o país mais enlutado da Europa, por causa da pandemia.
Boris Johnson falará ainda hoje sobre a evolução da pandemia no Reino Unido, admitindo-se que possa anunciar um novo confinamento geral, entre as opções que estão a ser ponderadas pelo seu Governo.
O primeiro-ministro falará ao final da tarde, numa conferência de imprensa em Downing Street, ao lado dos seus consultores científicos e médicos, após discutir a situação por videoconferência com os seus ministros.
De acordo com os ‘media’ britânicos, Johnson está a considerar a hipótese de um confinamento parcial desde quarta-feira até ao primeiro dia de dezembro, para conter a escalada de novos casos de contaminação com o novo coronavírus.
Nesse cenário, as lojas de negócios não essenciais serão encerradas, mas creches, escolas e universidades continuarão abertas.
Também a área da restauração será encerrada, desferindo um novo golpe para uma indústria já fortemente afetada pela pandemia.
De acordo com os ‘media’ britânicos, a estratégia do Governo é endurecer as medidas nas próximas semanas, para permitir que as famílias se reúnam no Natal.
As medidas apenas deverão ser aplicadas a Inglaterra, tendo as outras partes do Reino Unido que estabelecer as suas próprias medidas de saúde pública, como o País de Gales e a Irlanda do Norte (que já estão efetivamente em confinamento) e a Escócia (sob duras medidas de contenção do vírus).
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse hoje que, por agora, as pessoas nesta região não devem viajar para ou desde a Inglaterra, “exceto com razões essenciais”.
Se o Reino Unido adotar estas medidas, seguirá os exemplos da França e da Alemanha, que já apertaram as medidas de restrições, perante números preocupantes de novos casos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa