Na segunda-feira tinham sido contabilizados 2.621 novos casos e nove mortes.
O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido passou hoje para 374.228 de casos de contágio confirmados e para 41.664 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, admitiu hoje no parlamento que “a pandemia está a crescer: há sinais de que o número de casos em lares de idosos e de hospitalizações está a aumentar novamente”.
O ministro afirmou que o sistema de testagem tem um “papel crucial” no combate ao coronavírus e que as autoridades estão a trabalhar no aumento da capacidade diária, atualmente em cerca de 375 mil testes, mas dos quais apenas 227 mil foram processados até segunda-feira.
Porém, Hancock reconheceu a existência de “desafios operacionais”, as quais estão a limitar o número de testes disponíveis em localidades com necessidade, o que resulta em as pessoas serem encaminhadas para centros de teste a centenas de quilómetros.
Devido ao aumento de pessoas “que não são elegíveis”, o Governo disse que vai ser dada prioridade a pacientes com sintomas e necessidade de assistência médica, seguida por residentes e cuidadores em lares de idosos.
A organização NHS Providers, que representa os hospitais públicos britânicos, revelou hoje que muitos profissionais de saúde estão em isolamento por falta de testes, mas o ministro disse que vai demorar “uma série de semanas” para resolver o problema.
Na semana passada, o primeiro-ministro, Boris Johnson, manifestou a intenção de aumentar “num futuro próximo” a capacidade do sistema para milhões de testes por dia, para permitir que as pessoas possam ir ao teatro ao eventos desportivos, mas vários especialistas manifestaram reservas sobre a viabilidade.
Na segunda-feira entraram em vigor novas restrições a nível nacional, limitando o número de ajuntamentos a seis pessoas em espaços interiores e exteriores.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
C/Lusa