De acordo com a informação divulgada hoje pelas autoridades sanitárias britânicas, citadas pela agência espanhola Efe, o número de novos óbitos é inferior ao dos dias anteriores, com 137 na sexta-feira e 67 no sábado, um dia depois de os bares e restaurantes terem reaberto.
Por todo o Reino Unido houve relatos de ruas cheias de pessoas durante a noite de sábado, em particular no distrito londrino de Soho.
A polícia metropolitana de Londres informou que vários agentes foram obrigados a encerrar “um número limitado” de estabelecimentos de restauração antes da hora prevista, devido ao excesso de clientes.
O porta-voz da federação da polícia britânica, John Apter, advertiu que os comportamentos registados no sábado evidenciam que as pessoas alcoolizadas “não podem e não vão respeitar o distanciamento” físico de um metro, que foi decretado pelo Governo.
Apter relatou que, durante um turno noturno em Southampton, viu vários cidadãos “desnudos, alcoolizados felizes, alcoolizados chateados e lutas”.
Contudo, o ministro da Saúde, Matt Hancock, assegurou que “a grande maioria das pessoas” cumpriu as normas de segurança e atuou de forma responsável, no início desta nova fase de desconfinamento.
“No geral, estou satisfeito com o que aconteceu ontem [sábado], senti-me bem ao ver as pessoas outra vez na rua e respeitando, na generalidade, o distanciamento social”, afirmou o governante.
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, saiu durante a tarde de hoje da residência oficial de chefe do Governo, o número 10 de Downing Street, para se juntar ao aplauso nacional dedicado aos profissionais do Sistema Nacional de Saúde (NHS, na sigla inglesa), que celebra hoje o 72.º aniversário.
O príncipe Carlos, herdeiro do trono, fez um tributo aos profissionais de saúde e ao NHS, devido ao “período que mais colocou à prova este serviço na sua história”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 530 mil mortos e infetou mais de 11,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa