Os dados agora divulgados coincidem com os resultados de um estudo que aponta para um aumento galopante da prevalência da doença.
Na quinta-feira, tinham sido registadas 2.919 novas infeções e 14 mortes.
O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido passou hoje para 361.677 casos de contágio confirmados e para 41.614 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.
Um estudo da universidade Imperial College publicado hoje sobre os níveis de infeção em Inglaterra revelou que o número de casos tem estado a duplicar todos os sete a oito dias desde 22 de agosto.
Dos resultados de testes a cerca de 150.000 voluntários, os cientistas estimam que 13 pessoas por 10.000 foram infetadas em Inglaterra, em comparação com quatro pessoas por 10.000 entre 24 de julho e 11 de agosto de 2020.
O aumento está a ser verificado em todo o país e em todos os grupos com menos de 65 anos, em especial na classe etária dos 18 a 24 anos.
Significativamente, daqueles que testaram positivo, 65% dos participantes alegaram não ter sofrido sintomas no dia do teste ou nos sete dias anteriores.
O estudo indica que o índice de transmissibilidade efetivo (Rt) em Inglaterra poderá estar em 1,7, mas os especialistas que aconselham o governo estimam que no Reino Unido se situe entre 1 e 1,2, acima do valor considerado seguro.
O ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que os resultados do estudo reforçam a necessidade de maior cuidado e justificam a introdução de novas restrições a partir da próxima semana, quando os ajuntamentos vão ficar limitados a seis pessoas.
"Vimos em todo o mundo como um aumento nos casos, inicialmente entre pessoas mais jovens, leva a hospitalizações e mortes. A pandemia ainda não acabou e todos têm um papel a cumprir para manter o vírus sob controlo e evitar outras restrições”, vincou.
Um surto em Birmingham, a segunda maior cidade britânica, determinou que as pessoas naquela região fiquem proibidas, a partir de terça-feira, de se juntar com agregados familiares diferentes.