"O grupo parlamentar do PS/Madeira considera positivas as medidas anunciadas pelo Governo Regional, sendo já um pequeno complemento ao pacote de ajuda financeira nacional", afirmam os deputados socialistas, num comunicado divulgado no domingo na região.
Os socialistas manifestam "esperança de que é possível superar esta fase", defendendo que o mais importante é "travar a propagação do vírus" para "passar à fase da recuperação económica, que será difícil e exigirá muito de todos os agentes públicos e privados”.
O grupo parlamentar diz estar "totalmente focado nesse desígnio e em colaborar com o Governo Regional, ajudando as empresas e as famílias".
A bancada socialista no parlamento madeirense também assegura “estar totalmente disponível para colaborar com o Governo Regional" em caso de uma possível revisão do orçamento regional, "para contribuir e tornar o mais consensual possível o esforço coletivo necessário para a recuperação económica da região".
No entender do PS/Madeira, "todas as medidas são bem-vindas”, realçando as anunciadas no domingo pelo presidente do executivo, Miguel Albuquerque, designadamente as que isentam as famílias do pagamento das rendas habitacionais de imóveis geridos pelo Governo Regional, além das mensalidades das creches e escolas.
Contudo, a bancada refere que as dotações associadas parecem “manifestamente insuficientes, face à dimensão do problema e da situação em que muitas pessoas vivem", pelo que deve ser feita uma "devida avaliação sobre o reforço necessário" nos próximos dias.
O PS/Madeira defende ser "urgente, nesta fase, providenciar o mais rápido possível o acesso às linhas de financiamento, sejam regionais ou nacionais, de modo a salvaguardar a tesouraria das empresas que lidam com a queda abrupta de receitas e com os custos operacionais".
Também argumenta ser "insuficiente" a linha de 100 milhões de euros anunciada pelo presidente do Governo da Madeira para ajudar todas as empresas.
Para os socialistas, no que toca aos apoios previstos a nível nacional "devem ser analisadas o mais rápido possível medidas de contingência que visem salvaguardar os postos de trabalho das empresas paralisadas, em particular da hotelaria, na qual se regista uma grande percentagem de ‘layoff’".
"O turismo representa quase 25% da economia regional", realçam.
O PS/Madeira enfatiza que as medidas anunciadas pelo executivo madeirense "continuam a não prever a possibilidade de conversão em apoio a fundo perdido, sobretudo para as empresas que assegurem a manutenção dos postos de trabalho".
Também "falta definir muitas medidas para vários setores e profissionais que vivem um grande período de incerteza nomeadamente no setor primário, agricultura e pescas, os trabalhadores independentes e os empresários em nome individual", mas Miguel Albuquerque declarou que estas iniciativas seriam anunciadas na terça-feira.
Outro aspeto referido pelo PS é o problema vivido pelas "microempresas, bem como as pequenas e médias empresas, que constituem o grosso do tecido empresarial regional e serão certamente as mais prejudicadas no curto prazo."
No domingo, o Instituto da Administração da Saúde da Madeira anunciou que a região tinha tem nove casos confirmados de covid-19, sendo três homens e seis mulheres , com idades compreendidas entre os 60 e os 79 anos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
C/Lusa