"A pandemia está a provocar uma paralisação económica com prejuízos incalculáveis, que terão necessariamente consequências no emprego, na perda no rendimento das famílias e no aumento da pobreza e da exclusão social", afirmou José Manuel Rodrigues, durante uma reunião da Comissão Permanente da Assembleia.
José Manuel Rodrigues foi eleito pelo CDS-PP e assumiu o cargo de presidente do parlamento madeirense na sequência do acordo de governo estabelecido entre o PSD e os centristas.
"Renovo, como presidente do parlamento, o apelo para a elaboração de um pacto entre o Governo, os partidos, as associações empresariais, os sindicatos, as empresas, os trabalhadores para salvar a nossa economia", disse, numa reunião em que os representantes dos cinco partidos com assento parlamentar – PSD, PS, CDS-PP, JPP e PCP – questionaram o vice-presidente do executivo, Pedro Calado, sobre as medidas adotadas para minimizar os impactos da crise provocada pela Covid-19.
José Manuel Rodrigues prevê que haverá "encerramento de empresas" e "dispensa de trabalhadores", sublinhando que "só unidos" será possível "evitar que a recessão se transforme numa profunda depressão económica".
O líder do parlamento regional sublinhou, também, que a escolha dos cidadãos é entre o estar confinado em casa durante 30 dias ou recuar 30 anos no crescimento económico e no desenvolvimento.
"Da parte da Assembleia, estamos prontos para reunir de emergência caso seja necessário aprovar decretos-legislativos, para pôr no terreno medidas necessárias à recuperação económica e social", afirmou.
No voto de louvor aos que "combatem a pandemia e trabalham solidariamente pela comunidade", o parlamento da Madeira enaltece todos os profissionais do Serviço Regional de Saúde, bem como as Forças Armadas, a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia Judiciária, a Alfândega, a Proteção Civil, a Polícia Florestal, os funcionários dos aeroportos e todos os serviços que fazem cumprir o estado de emergência.
Referência também aos serviços governamentais, às autarquias, aos institutos e empresas públicas, às empresas privadas, aos profissionais de comunicação social e a todos os funcionários que "trabalham arduamente" para manter os serviços públicos em funcionamento.
O voto de louvor da Assembleia Legislativa expõe também o "agradecimento" às instituições particulares de solidariedade social, à Cruz Vermelha Portuguesa, às corporações de bombeiros e a todos os grupos de voluntários que "têm dado o melhor apoio aos cidadãos mais vulneráveis".
C/Lusa