“Isso não nos preocupa muito”, declarou Idalino Vasconcelos (PSD) à agência Lusa, salientando é “muito raro acontecer grandes aglomerados de pessoas”, mesmo nos meses do verão.
A ilha do Porto Santo tem uma população de cinco mil residentes e, na altura do verão, é normal ter cerca de 25 mil visitantes, mas “mesmo com esta enchente nunca fica completamente cheia, antes pelo contrário, muitas vezes até parece que está vazia”, salientou.
Idalino Vasconcelos referiu que no verão “o maior número de frequentadores acontece junto dos hotéis”, com grupos de familiares ou amigos, mas “há muitas zonas vazias e a praia dá para todos”.
No seu entender, devido à pandemia da Covid-19, “muitas pessoas vão ter medo e vão ser os seus próprios fiscais” no que diz respeito ao cumprimento das medidas determinadas pelas autoridades de saúde, nomeadamente em matéria de distanciamento.
“Penso que as pessoas são conscientes e civilizadas e vão estar a mais de dois metros, como é indicado”, afirmou.
Idalino Vasconcelos realçou que a fiscalização é uma competência da Polícia Marítima, que “está a fazer bem o seu trabalho” e “vai continuar a fazer”.
Será colocada informação na praia e está previsto que os balneários, na zona das Fontaínhas, abram quando se iniciar a época balnear oficial.
Neste momento, no Porto Santo, devido à situação epidemiológica, sem casos de Covid-19 desde 19 de abril, “já é possível ir a banhos” desde 10 de maio e foi levantada a obrigação de quarentena para os residentes da Madeira que se desloquem àquela ilha, destacou o autarca.
A temperatura da água varia “entre os 18 graus centígrados de mínima e os 26 de máxima, rondando entre os 21 e os 24” no verão.
“São águas cristalinas que banham uma praia de areia fina com nove quilómetros de extensão e 40 metros de largura, tendo areias especiais que curam diversas doenças”, observou.
Em relação à restauração da ilha, a autarquia decidiu isentar os comerciantes do pagamento das taxas das esplanadas.
Questionado sobre a possibilidade de aumentar a capacidade destes espaços para compensar a redução dos interiores, Idalino Vasconcelos respondeu que “se tal for possível, não há qualquer inconveniente, embora algumas já estejam delimitadas pelos espaços físicos em que estão implementadas”.
“Até ao momento, a Câmara do Porto Santo ainda não recebeu qualquer pedido nesse sentido. Mas estou de acordo”, concluiu.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.175 pessoas das 28.132 confirmadas como infetadas, e há 3.182 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A Madeira mantém pelo sétimo dia consecutivo o mesmo número de infetados, 90 casos. O Porto Santo reportou quatro casos, mas desde 19 de abril que não apresenta novos casos.
C/Lusa