O número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com a informação divulgada sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, desde 01 de janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos.
Segundo a DGS, há 351 (eram 323) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.
Os dados indicam que dos 642 casos confirmados, 89 (menos 117) estão internados, dos quais 20 (mais três) em unidades de cuidados intensivos.
Mais de 85% dos doentes (553) estão a recuperar em casa.
A DGS informa que houve um total 4.074 casos de suspeitos que deram resultado negativo no teste.
De acordo com o boletim, há 6.656 (menos 196) contactos em vigilância pelas autoridades de saúde e o número de cadeias de transmissão ativas subiu para 24 (eram 19).
Entre os doentes infetados estão 16 crianças com idades até aos nove anos, 15 rapazes e 21 raparigas com idades entre os 10 e os 19 anos, e 87 jovens com idades entre os 20 e os 29 anos.
Existem 30 casos de doentes infetados acima dos 80 anos e 49 entre os 70 e os 79.
É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registam mais casos (138), segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 117 casos entre os 30 e 39 anos e 92 casos entre os 50 e os 59 anos.
Há ainda registo de 77 casos entre os 60 e 69 anos.
A região Norte é aquela que regista o maior número de casos confirmados (289), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243), da região Centro (74) e do Algarve (21).
O boletim da DGS indica que o Alentejo apresenta já dois casos, a Madeira um e os Açores três. Há nove casos no estrangeiro.
Os dados da DGS apontam que 18 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 17 de Itália, 13 de França, oito da Suíça, um de Andorra, um da Bélgica, um da Alemanha e Áustria, um dos Países Baixos, um do Reino Unido e outro do Irão.
Segundo a DGS, 31% dos doentes apresentam tosse, 24% febre, 17% cefaleia e dores musculares, 12% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
Hoje, o Conselho de Estado está desde as 10:00 reunido para discutir a declaração de estado de emergência em Portugal.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.
C/Lusa