O deputado do PS Paulo Cafôfo acusou o Governo Regional, de coligação PSD/CDS e liderado por Miguel Albuquerque, de "não ter um plano para o futuro da região", lamentando não haver diálogo institucional construtivo com a oposição na procura de uma solução para os problemas económicos e sociais derivados da pandemia da covid-19.
"Se Miguel Albuquerque e o seu Governo falharem, são todos os madeirenses que falham", observou.
O deputado único do PCP, Ricardo Lume, perguntou o que o Governo Regional tem feito a nível da Saúde para "combater as listas de espera para consultas e cirurgias, agora agravadas pela pandemia".
O deputado denunciou ainda que os apoios das linhas criadas pelo Governo Regional "ainda não chegaram às empresas", agravando os riscos de aumento do desemprego, das falências e da exclusão social.
Élvio Jesus, do JPP, reconheceu que o Governo Regional "esteve bem no combate à pandemia", mas lamentou que tenha estado "mal ao não reunir com os partidos da oposição, como fez António Costa", na busca de soluções para o arquipélago.
O líder parlamentar do CDS, Lopes da Fonseca, partido que está no executivo, também criticou a falta de apoios do Governo da República, salientando duvidar que o executivo de António Costa não venha a cobrar a prestação de 48 milhões de euros a pagar em 27 de julho pelo empréstimo que contraiu em 2015, apesar da Assembleia da República ter já votado favoravelmente uma moratória para a prestação.
Duvidando da magistratura de influência do chefe de Estado, Lopes da Fonseca disse que "o primeiro-ministro e o Presidente da República são companheiros de viagem".
"Ainda está para chegar à região a tão propalada solidariedade nacional, quando a região já derramou na sua economia 230 milhões de euros, nem um cêntimo veio do Orçamento do Estado", acrescentou.
O líder do Grupo Parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, também acusou o Estado de não apoiar a região numa conjuntura de pandemia.
"Tivemos de fazer tudo sozinhos, fomos abandonados pelo Estado português", disse.