Numa altura em que o país está na sua terceira fase de desconfinamento e vive em situação de calamidade, após semanas de estado de emergência, a “equipa de planeamento para apoio ao funcionamento” do hospital de campanha do Estádio Universitário de Lisboa, com três militares do Instituto Universitário Militar, “mantém-se em funções”, afirmou o Ministério da Defesa Nacional em resposta a perguntas da Lusa.
Os militares apenas retiraram as camas cedidas a este hospital, mas continuam disponíveis se forem necessárias, ainda segundo a informação dada pelo Ministério.
Todo o material disponibilizado em março continua montado no polo de Lisboa do hospital das Forças Armadas, e o mesmo acontece no Pavilhão Rosa Mota do Porto.
Para “reforçar a capacidade do Hospital das Forças Armadas, no polo de Lisboa”, o Governo avança que foi montado um “agrupamento sanitário” com 32 camas e foram disponibilizadas 87 tendas e 6.163 camas, no Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Este material, acrescentou, serviu para postos médicos avançados em unidades hospitalares e em estabelecimentos prisionais, hospitais de campanha, no Estádio Universitário de Lisboa e no Pavilhão Rosa Mota no Porto, e centros de acolhimento de vários municípios.
Do laboratório militar, em Lisboa, saíram 151 mil litros de álcool gel, destinados tanto para as Forças Armadas, como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e entidades oficiais, de acordo com os dados do ministério.
Desde março, início do surto pandémico em Portugal, o polo do Porto do hospital das Forças Armadas acolheu 77 idosos de quatro lares, de Famalicão, Vila Real, Albergaria-a-Velha e Matosinhos, a pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
E realizou, também nesta unidade, o tratamento de doentes do SNS, oriundos do Hospital de Braga – 16 utentes de hemodiálise – e do Hospital Pedro Hispano de Matosinhos, de seis idosos infetados com Covid-19.
No apoio ao SNS e ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as Forças Armadas disponibilizaram 11 centros de acolhimento de doentes, em unidades militares dos três ramos (Exército, Marinha e Força Aérea).
No Regimento de Infantaria n.º1, em Tavira, foram acolhidos sete cidadãos estrangeiros, de 18 de abril a 02 de maio, o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, na Ota, recebeu 171 cidadãos estrangeiros, a maioria infetados, transferidos de um hostel em Lisboa, no período de 20 de abril a 20 de maio e no Regimento de Artilharia n.º4, em Leiria, está alojada, desde 31 de maio, uma doente proveniente da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Leiria.