Numa nota divulgada hoje no portal da Presidência da República na internet, o chefe de Estado salienta “o especial reconhecimento apresentado hoje pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao enfermeiro português Luís Pitarma pelo seu trabalho e vigilância durante o internamento nos cuidados intensivos”.
“O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já transmitiu pessoalmente o seu agradecimento ao enfermeiro Luís Pitarma, e, na sua pessoa, agradece também o empenho de todos os profissionais de saúde portugueses que em Portugal e em todo o mundo estão a prestar uma ajuda decisiva no combate à pandemia”, é referido também.
O Presidente da República aproveitou igualmente para deixar “uma palavra de estímulo” aos “profissionais de outras nacionalidades que, reforçando o Serviço Nacional de Saúde, prestam um serviço inestimável a Portugal”.
“É também por eles que reforça o apelo para que, quem pode, permaneça em casa e cumpra as orientações das autoridades de saúde”, acrescenta o Palácio de Belém.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, agradeceu hoje a um enfermeiro português pelo tratamento que recebeu durante o internamento no hospital St. Thomas, em Londres, onde esteve durante uma semana devido à infeção com Covid-19.
Natural de Aveiro, Luís Pitarma, 29 anos, formou-se na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, tendo realizado um ano de Erasmus na universidade de Lathi, na Finlândia. Em 2016, começou a trabalhar em Londres, onde passou por três unidades de saúde antes de ser recrutado para o grupo hospitalar de Guy e St. Thomas, onde é enfermeiro especializado em cuidados intensivos, em particular ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorporal), segundo informação do próprio nas redes sociais.
O português e uma enfermeira da Nova Zelândia, receberam um agradecimento especial por terem acompanhado Boris Johnson nos cuidados intensivos, numa mensagem na rede social Twitter.
A mensagem foi publicada pouco depois de ter sido anunciado que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu alta do hospital, onde estava internado desde 05 de abril, inicialmente “por precaução” para fazer testes devido a sintomas persistentes da doença.
Um agravamento do estado de saúde levou à passagem para uma unidade de cuidados intensivos na segunda-feira, onde passou três noites, encontrando-se desde quinta-feira numa enfermaria normal.
Boris Johnson, de 55 anos, foi o primeiro líder mundial a ser diagnosticado com a doença, a 26 de março, inicialmente com sintomas ligeiros de tosse e febre, o que o levou a continuar a trabalhar durante o período de isolamento.
O combate à pandemia da Covid-19 no Reino Unido mobiliza vários enfermeiros portugueses, de entre os milhares que lá estão emigrados.
O Reino Unido registou mais 737 mortes de pessoas infetadas nas últimas 24 horas, elevando para 10.612 o total de óbitos durante a pandemia Covid-19, comunicou hoje o Ministério da Saúde britânico.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos, mais 34 do que no sábado (+7,2%), e 16.585 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 598 em relação a sexta-feira (+3,7%).
C/Lusa