Em entrevista à RTP, o chefe de Estado realçou que está em causa um estado de emergência "muito limitado, de efeitos sobretudo preventivos", e não "apontando para o confinamento total ou quase total" que aconteceu entre 19 de março e 02 de maio.
"É esta a inclinação dos partidos que ouvi – vamos ver se é inclinação dos parceiros económicos e sociais. Mas é a inclinação do próprio Governo. E o Presidente da República está a ponderar", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
No seu entender, desde a primavera, quando "havia uma unidade" entre responsáveis políticos em Portugal em relação ao combate à Covid-19, "a política mudou, os setores políticos mudaram".
"Se perguntar neste momento por um confinamento, já não digo total, mas um confinamento muito vasto, a resposta é não. A resposta é sim a um estado de emergência limitado: sim, com quem diga não e quem se abstenha, mas sim de uma maioria clara", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "é uma maioria que está nos dois terços ou acima dos dois terços" em defesa desse "estado de emergência limitado", e observou "Se isto não é uma maioria clara – uma maioria de revisão constitucional – não sei o que é uma maioria clara".