“Quando a Venezuela enfrentava a pandemia, nos meses de março, abril e maio e pensávamos que os atores do império norte-americano iriam decretar uma pausa, um cessar das agressões, foi o contrário: aumentaram as sanções criminais, a perseguição contra os alimentos, os medicamentos e a gasolina que a Venezuela procura e compra ao mundo”, disse Nicolás Maduro durante uma comemoração do 209.º aniversário da Assinatura da Ata da Independência da Venezuela (5 de julho de 1811) e o Dia das Forças Armadas Bolivarianas (FANB).
“Recrudesceram as sanções criminosas, mas temos sabido avançar. Passou o primeiro semestre de 2020, tomámos todas as decisões corretas a tempo (…) O povo sabe que pode confiar no seu governo e nas autoridades civis e militares nesta batalha contra o Coronavírus”, disse.
Nicolás Maduro acusou a oposição venezuelana de estar alinhada com os Estados Unidos e apelou para que os venezuelanos quebrem as cadeias de transmissão do coronavírus que disse estar a alastrar pelo país através das fronteiras com os países vizinhos (Colômbia e Brasil).
“Estamos enfrentando um surto da Covid-19 no país, que, se comparado a outros países como o Brasil, Colômbia ou os Estados Unidos, os números continuam a ser reduzidos, mas devemos controlar esse surto e manter as comunidades saudáveis”, frisou.
Segundo Nicolás Maduro as autoridades venezuelanas estimam que 30 mil pessoas teriam entrado no país por veredas e caminhos não oficiais ou controlados, dos quais pelo menos 3.000 estariam contagiados com coronavírus.
“Temos implementando planos de segurança e prevenção. Neste momento, existem 14 mil brigadas médicas fazendo visitas casa a casa, atendendo os casos, mantendo o povo informado e insistindo em medidas de prevenção”, explicou.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 7.169 casos de pessoas infetadas e 64 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 2.100 pacientes.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.