"Os testes vão-nos custar à volta de 600 mil euros por mês, mas eu prefiro gastar este dinheiro nos testes e em criar condições de segurança do que gastar no apoio ao desemprego", disse o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, em videoconferência, no Funchal.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, apresentou hoje novos apoios sociais destinados aos trabalhadores em ‘lay-off’ e aos trabalhadores independentes, face ao impacto das medidas de contenção da pandemia do novo Coronavírus no arquipélago.
Miguel Albuquerque reconheceu que a reabertura dos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, bem como das atividades turísticas, implica um "risco", que, no entanto, disse ser "calculado e controlado".
"Todos os hotéis têm um plano de contingência para o caso de terem alguém infetado e a questão dos testes, apesar de não ser 100% [eficaz], dá-nos a faculdade agirmos com alguma segurança", afirmou.
A partir de 01 de julho, todos os passageiros que desembarcarem nos aeroportos da Região Autónoma terão de apresentou um teste negativo para Covid-19 efetuado até 72 horas antes do início da viagem ou, então, podem realizá-lo à chegada, sendo o resultado comunicado até ao máximo de 12 horas.
"Dissemos, desde o início, que o valor supremo pelo qual o governo se guiava na Madeira era a saúde pública e a vida dos madeirenses e porto-santenses. Isso não se altera nada. Se houver uma situação de um surto incontrolável, vamos tomar todas as medidas necessárias no sentido de salvaguardar aquilo que é importante: a vida e a saúde dos nossos concidadãos", declarou Miguel Albuquerque.
O arquipélago da Madeira mantém o total acumulado de 90 casos de infeção pelo novo Coronavírus, já com 85 doentes recuperados, sendo que os cinco ainda ativos não necessitam de cuidados hospitalares.
Portugal contabiliza pelo menos 1.492 mortos associados à Covid-19 em 35.306 casos confirmados de infeção, segundo o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).